No Início
A explosão demográfica verificada na Europa nos fins do século XIX e as dificuldades sócio-econômicas resultantes das duas guerras mundiais da primeira metade do século XX levaram muitos italianos a emigrarem para terras distantes, em busca de um futuro melhor.
O nome mágico do Brasil e as notícias que dele chegavam, ainda que escassas, foram os principais motivos da escolha da destinação final de muitos emigrantes italianos.
Da Itália partiram casais de namorados, jovens recém-casados, crianças, mulheres grávidas, famílias inteiras. Mais de três mil italianos chegaram ao Brasil pelos portos de Santos, Rio de Janeiro e Vitória.
Em Minas Gerais, muitos se dirigiram às colônias imperiais de Barbacena e São João Del Rei enquanto outros foram trabalhar nas fazendas mineiras, principalmente na fronteira com São Paulo. A fundação de Belo Horizonte recebeu uma enorme contribuição dos italianos através de mão-de-obra altamente qualificada e trabalhadora. Italianos de todas as camadas sociais estavam já presentes na fundação da nova Capital de Minas Gerais. Organizaram a Sociedade Beneficente do Mútuo Socorro, construíram um hospital, organizaram um time de futebol, entraram firmes no comércio de ferragens, vidros, materiais de construção e criaram as primeiras indústrias da Capital.
No início do século XX, iriam continuar a brilhar no comércio e na indústria de Belo Horizonte em ramos diversificados tais como bebidas, carroças e carretos, laticínios, cerâmica, confeitaria e padaria e fundições de ferro. Nos anos seguintes, novas indústrias vieram, todas fundadas por italianos: cerveja, massas, licores, chocolates, tabaco, tijolos, manilhas e telhas.
Com o correr dos anos, o trabalho dos italianos progredia e se fazia notar. Novas empresas, novos produtos, novos desafios. Indústrias mecânicas, malharias, construção civil, cosméticos, chapéus, guarda-chuvas, mobiliário, pregos, novas padarias e confeitarias, frigoríficos e calçados.
Também na arquitetura os italianos se destacaram. Foram responsáveis pelo projeto arquitetônico de vários prédios importantes da Capital, como a Prefeitura de Belo Horizonte, o Minas Tênis Clube, a Santa Casa, o Palácio Arquiepiscopal, além de hospitais, igrejas, cinemas, teatros e hotéis.
Também na música houve marcante presença italiana nos palcos mineiros, com participação em instituições como a Sociedade Mineira de Concertos Sinfônicos, a Sociedade Coral, a Universidade Mineira de Artes e outras , todas de tradicional renome.
Com a chegada da FIAT, em meados dos anos setenta, vieram, também, os novos tempos. Uma nova era se iniciava para a indústria automobilística brasileira fora do eixo Rio-São Paulo. A FIAT trazia, no seu rastro, dezenas de indústrias de autopeças, muitas delas de origem italiana e, com elas, novos italianos e suas famílias.

Como vemos, a contribuição italiana foi decisiva no desenvolvimento da Capital mineira. Grandes profissionais, italianos ou ítalo-brasileiros, deram sua parcela de trabalho para o progresso da cidade. Hoje, em número cada vez maior, a presença italiana e de seus descendentes é significativa, não só no comércio, na indústria e nas artes, mas também, na medicina, nos meios forenses, na engenharia e na magistratura mineira.
Quem Somos
É neste contexto que os italianos e seus descendentes se reuniram para dar corpo à Associação de Cultura Ítalo-Brasileira de Minas Gerais-ACIBRA, que tem o intuito de preservar a história da presença italiana em Minas Gerais, além de compartilhar com os mineiros a imensa cultura da Itália.

Nossos Objetivos
São objetivos da ACIBRA: favorecer e fortalecer a integração entre brasileiros e italianos, na área consular de Belo Horizonte; resgatar e incentivar a tradição, cultura, folclore e história italianos e sua integração com a cultura brasileira; estimular e desenvolver atividades culturais, cívicas, recreativas, sociais e desportivas.
Nossa Missão
É missão da ACIBRA atuar como elemento propulsor de desenvolvimento e de integração cultural entre as sociedades brasileira e italiana do Distrito Consular de Belo Horizonte, favorecendo, também, o crescimento da atividade sócio-cultural da Região.